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Este artigo tem por objetivo mostrar que o naturalismo que apregoa a necessidade das ciências sociais imitarem os procedimentos metodológicos empregados pelas ciências naturais se revela contraproducente por não levar em conta que as teorias sociais, em muitos casos, lidam com fatos pré-interpretados. E que esse tipo de material empírico demanda a elaboração de uma metodologia capaz, indo além das meras intenções programáticas, de efetivamente apreender a significatividade presente nos fatos da vida societária. Para tanto, desponta como imperioso construir teorias sobre teorias que possam ser avaliadas em termos de seu poder de compreender, de modo elucidativo ou crítico, a natureza do significado inerente aos objetos estudados. Palavras-chave: naturalismo; fatos pré-interpretados; significado; ação; compreensão da compreensão.
2004
Resumo -Na literatura filosófica contemporânea, principalmente a influenciada pelo pensamento dito "pós-moderno", frisa-se o caráter "situado" de toda reivindicação de conhecimento. Sob essa denominação, alude-se ao fato de que nenhuma tentativa de conhecer a realidade, seja em nível individual, grupal ou institucional, pode escapar às suas próprias circunstâncias ou condições de existência, especialmente as sociais. O conhecimento seria assim sempre perspectivístico. Por tal razão, alega-se, nenhum conhecimento pode a rigor ser "objetivo" nem "universal", sendo ideológicos os argumentos que pretendem o contrário. Por motivos óbvios, a tese antes lembrada é particularmente endereçada à tradicional pretensão do conhecimento científico, especialmente o produzido pelas ciências naturais, de constituir uma representação da realidade que transcende, embora sempre relativamente, o seu "contexto de origem". Creio que essa tese implica algumas confusões conceptuais, derivadas da ambigüidade de certos termos, principalmente "conhecimento". Creio também que a metáfora, obviamente espacial, do conhecimento como "situado" e constituindo uma "perspectiva" do objeto, tem limitações que não parecem exploradas pelos seus defensores. Neste trabalho, tratarei de esclarecer esses pontos.
2011
Olhar uma lista de materiais familiares e, ainda assim, estranhar. Eis que no inusitado dessa operacao aparece uma desconfianca do “sentido puro”, do nao desdobramento do signo, da interrupcao da cadeia de significados. Quando a significacao estanca, logo insiste a pergunta -- o que isso quer dizer? A pratica da linguagem aponta em direcao ao referente, mas nunca o revela. Ele esta sempre invisivel, pois e a promessa (ou a falta) que move a linguagem referencial. Por isso, a exibicao do referente em sua presenca imediata ha de gerar desconfianca. Nessa condicao, sob a luz do pensamento de Barthes, vejo o referente como um “corpo neutro” que nada signifique alem de sua presenca, num estado de “grau zero” de significacao [cf. BARTHES, 1984, p.58].
Em consequência do desenvolvimento tecnológico da segunda metade do século XX, Astronomia sofre tão grande mudança nos seus métodos que ela deixa o seu aspecto de ciência de observação para se tornar, também, uma nova ciência experimental, onde aparecem inúmeros ramos. O avanço do conhecimento em Astronomia possibilitou estabelecer conjecturas sobre a origem do Universo que teria surgido através do Big Bang, identificar a existência de um enorme buraco negro no centro da Via Láctea, a descoberta da água em Marte, o rebaixamento de Plutão para planeta anão, a existência de exoplanetas similar à Terra fora do sistema solar, bem como a descoberta de matéria e energia escura no Universo.
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo estabelecer, em linhas gerais, relações de parentesco entre a imagem de ciência traçada por Thomas Kuhn na introdução de A estrutura das revoluções científicas e as primeiras críticas ao empirismo recebido do positivismo lógico, com destaque às críticas de Neurath, Hempel e Feyerabend. PALAVRAS-CHAVE: Kuhn; Neurath; Hempel; Feyerabend; visão ortodoxa; virada historiográfica. Essa descoberta [a de Galileu] nos ensinou que as conclusões intuitivas baseadas na observação imediata nem sempre devem merecer confiança, pois algumas vezes conduzem a pistas erradas. 1 Albert Einstein As primeiras linhas da introdução d'A estrutura das revoluções científicas de Thomas Kuhn enfatizam importantes aspectos de certa abordagem do conceito de ciência. Antes de ser a mera "reunião de fatos, teorias e métodos" (KUHN, 2006, p. 20), essa abordagem assume, entre outros, dois pontos de vista que serão importantes para nosso objetivo: o ponto (1) nos indica que talvez a ciência não se desenvolva cumulativamente a partir de descobertas e invenções individuais, de modo que é preciso notar seu aspecto coletivo; o ponto (2) nos mostra que, se se leva em consideração seu aspecto coletivo, é preciso questionar os critérios de distinção entre "o componente 'científico' das observações e crenças passadas daquilo que seus predecessores rotularam prontamente de 'erro' e 'superstição'" (idem, p. 21). O ponto (1) dirige nossa atenção para uma revolução historiográfica. Nesse sentido, aqueles diretamente envolvidos nessa revolução perguntam não pela relação entre cientistas individuais e a ciência de sua época (como, por exemplo, entre Galileu e a ciência moderna), mas pela relação entre as concepções do cientista e aquelas partilhadas pelo seu grupo (pelos professores, contemporâneos e sucessores imediatos de Galileu, por exemplo). Com isso, delineia-se uma abordagem da ciência que ressalta seu aspecto coletivo e intersubjetivo. O ponto 1 Trecho extraído de A Evolução da Física (EINSTEIN & INFELD, 2008, pp. 15-16).
Anais Da React Reuniao De Antropologia Da Ciencia E Tecnologia, 2014
Um dos objetivos destes trabalho é o mapear as controvérsias científicas que opõem publicamente aqueles cientistas que nos alertam do risco futuro do aquecimento global e os que afirmam que as mudanças não são antropogênicas, fazem parte um ciclo natural e que mudarão independente da ação humana. Como qualquer não-especialista é incapaz de reconstituir fielmente os experimentos que os cientistas fazem em seus laboratórios, uma maneira de acompanhar a ciência é traçar as redes de pessoas e coisas alistados pelas pesquisas e ver qual a força que elas oferecem contra as resistências. As redes mais resistentes em uma controvérsia são as que definem aquilo que mais tarde acaba sendo considerado como fato, verdade, natureza e sociedade (Latour, 1994, 2012). As controvérsias estão entre as fontes principais de análise de autores que, desde o início dos anos 1980, vem formando este campo de estudos sociais da ciências
Revista Humus, 2011
Resumo: Este texto tem o objetivo de refletir sobre as questões curriculares, nos aspectos histórico e teórico que englobam o Ensino das Ciências. Para tal, busca-se em estudiosos do currículo, tais como Goodson (1999), Chervel (1990), Silva (2002), Wortmann (2001) entre outros, para endossar as perspectivas teórico-metodológicas do Ensino das Ciências na contemporaneidade. Os resultados finais, o autor remete a que não há um único método de estudo de tal área do conhecimento, pois, o que existe é uma hibridização de métodos, onde se procura aproveitar o saber local e ampliar ao global. Palavras-chave: Currículo de Ciências; história do currículo de Ciências; saberes populares; saberes escolares.
hcte.ufrj.br
O objetivo deste trabalho é refletir sobre a questão do tempo no jornalismo e analisá-la buscando uma aproximação com a história. Mais do que marcar o ciclo do dia, as edições dos jornais e telejornais também sinalizam a virada do presente para o passado. Se um determinado acontecimento, selecionado por critérios jornalísticos entre tantos outros acontecimentos, é alçado à categoria de notícia, então ele é percebido como presente por leitores e telespectadores. Esta percepção de presente se prolonga se, durante vários dias consecutivos, os desdobramentos do fato frequentam as manchetes de jornal e as chamadas de TV. Até que um dia, as abordagens daquele fato se esgotam. Ele passa da categoria de notícia ao arquivo de notícias. Na percepção de leitores e telespectadores, aquele acontecimento agora pertence ao passado. E é assim que, dia após dia, novos fatos jornalísticos destronam fatos jornalísticos presentes, que se tornam passado, em um ciclo sem fim. "A periodicidade de um jornal constitui o instrumento de dominação do tempo pelo jornalista e o jornal como instrumento de dominação do tempo pela sociedade" (MATHEUS, 2010). Essa percepção social da passagem do tempo ficou mais acelerada com o advento da internet: os fatos presentes correm o risco de já serem passado antes mesmo de chegarem aos jornais e telejornais -afinal, o leitor/telespectador é agora também internauta e tem acesso a informações em 'tempo real' na web. Na era da internet, a periodicidade é uma faixa de tempo cada vez mais estreita, comprimida entre o agora e o instante seguinte, entre uma notícia on-line e sua atualização apenas alguns minutos depois. Em outras palavras, é como se o presente fosse cada vez menor -e o tempo, cada vez menos dominável, seja pelo jornalista, seja pela sociedade, pois sua passagem se confundiria com um turbilhão de fragmentos de notícias.
MARQUESE, Rafael de Bivar et al. (org.). Sistemas, Tempos e Espaços: O Lab-Mundi em Dez Anos de Fazer Historiográfico. São Leopoldo: Casa Leiria, 2024., 2024
Esse texto tem dois objetivos. O primeiro deles consiste revisitar a trajetória acadêmica, um tanto errática, que me levou à construção de um projeto de pesquisa sobre escravidão, justiça criminal e violência racial nas Américas, analisando de forma comparada e integrada o Brasil, Cuba e os Estados Unidos durante o longo século XIX. Em segundo lugar, o texto propõe uma discussão teórica e metodológica sobre a intersecção entre os estudos em História Comparada e a perspectiva do Sistema Mundo, que inspiraram o projeto. Analisadas retrospectivamente, ambas as reflexões remontam a uma mesma experiência original: a formação como historiador junto ao Laboratório de Estudos sobre o Brasil e o Sistema Mundial da Universidade de São Paulo
This article is about concept of borders, and from these build applied research proposals and with these results transferred to the professional ambience. Recognizing that the border still lacks better interpretations, we search to verify the immigrants and trade, while categories of analysis, as elements that constitute acquiring complex and dramatic connotations in that both are associated. We finalized the text with the preparation of an analysis of the experience carried Corumbá-MS from 2015, with the creation and implementation of Circuit of immigrant Support.
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Dissertação apresentada ao programa de Pós-graduação em Comunicação na UFPB, Linha de pesquisa Culturas Midiáticas Audiovisuais, 2018
Revista Em construção, 2020
CARTOGRAFIAS_EM_DES_ENCANTOS
Filosofia e Ativismo, 2020
As Ciências Humanas como Protagonistas no Mundo Atual 3, 2021