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2005
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literatura, 2005.O presente trabalho pretende demonstrar, por meio do estudo de duas concepções de mundo - a mítica e a racional -, as características da crença homérica acerca da morte e dos temas a ela relacionados, como a questão da alma e da vida post mortem. Para isso, julgou-se necessário observar como essa crença era vivida no período pré-homérico, ressaltando tanto as reminiscências desta como as novidades encontradas nas epopéias homéricas. Além disso, são delineados os rumos tomados pelo tema da morte no período posterior a Homero, ainda na Grécia antiga. _______________________________________________________________________________ ABSTRACTThis work intends to demonstrate, through studies of two different world conceptions – mythic and rational – the characteristics of the Homeric belief around death and related themes, as the soul matter and life post mortem. To do s...
Publicado em Fonseca, A.C.; Pohlmann, E.; Goldmeier, G. (eds.), Ética, Política e Esclarecimento Público -ensaios em homenagem a Nelson Boeira. Ed. Bestiário 2012, pp. 310-310) Ao concluir, na Ética Nicomaquéia III 5, o exame do objeto de deliberação, Aristóteles se pergunta quando o agente pára de deliberar e passa à ação. Ele escreve então que se pára de deliberar ao se ter o princípio da ação trazido a si próprio e à parte que comanda. O texto provocou já muita discussão, principalmente em torno do sentido a dar ao termo hêgoumenon da linha 1113a6. Meu interesse aqui, porém, é examinar a comparação que se segue, com a qual Aristóteles pretende ilustrar seu ponto: Isto fica também evidente pelas constituições antigas, que Homero cantou em poemas, pois os reis anunciavam ao povo o que haviam escolhido por deliberação. (EN III 5 1113a7-9) Surpreende inicialmente o apelo a instituições tão antigas, ainda que os versos de Homero fossem bem conhecidos pela maioria dos gregos -e certamente admirados. Por que Aristóteles recorre às instituições políticas dos tempos homéricos para ilustrar seu ponto sobre o momento de parar a deliberação e passar à ação? Em certo sentido, a surpresa poderia ser somente nossa. A expressão kai ek tôn archaiôn politeiôn pode ser entendida igualmente como "mesmo pelas constituições antigas": elas teriam sido evocadas menos como exemplares por excelência do que se quer exemplificar, mas antes pelo fato de até nelas um determinado fato se dar -um fato que elas realizariam assim minimamente, mas serviriam de exemplo na medida justamente em que não podiam deixar de o realizar, apesar de serem um caso fraco ou limite de sua realização. Esta leitura parece reforçar-se pelo fato de Aristóteles ter-se valido, nas linhas imediatamente precedentes, quando visava a distinguir entre o objeto de deliberação (bouleuton) e o objeto de escolha deliberada (prohaireton), de um vocabulário fortemente impregnado das práticas políticas de seu tempo. Ele escreve, pois, que o objeto de
letras.ufmg.br
This article takes up the controversy concerning poets and thinkers against Homer and aims at showing that, in fact, both respect and disapproval towards Homer seem to be recurrent among them. Excerpts of Pindar, Hecateus, Herodotus, Thucydides, Xenophanes and Isocrates are analyzed, to show that this ambiguity regarding the poet existed permanently, long before even Plato's criticisms.
Existem inúmeras expressões para referir-se ao ingrato ofício de tradutor. Todo mundo o sabe: trabalho penoso, árduo, exercício de paciência, raros momentos de prazer, sobretudo no fim, e os dicionários, que jamais nos conformam. Como já disse alguém com muita experiência nesta sorte de parto e aborto vernacular: trata-se de uma tarefa a priori impossível. O porquê é compreensível. Se se traduz a letra, perde-se o espírito; se se traduz o espírito só, perde-se o estilo, e com ele as nuances e os matizes que todo pensador de carne e osso tem. Daí a célebre traição de que tanto se fala (Traduttore, tradittore!).
Nuntius Antiquus, 2017
Se, nos dias de hoje, na tradição analítica, o principal atributo da filosofia é o argumento lógico, na Antiguidade, ela podia abarcar a retórica e envolver um modo distinto de vida. Neste artigo, analiso dois conceitos de filosofia, apresentados por dois filosófos medioplatônicos: Alcínoo, autor do Didascálicos, e Máximo de Tiro, que escreveu as Dialéxeis. Como integrantes de um mesmo movimento filosófico, a visão deles é, em certos aspectos, similar: ambos consideram a filosofia como uma forma de conhecimento das coisas humanas e divinas que possui consequências éticas. Mas, se para Alcínoo o modo de vida filosófico é o theoretikós bíos, o ideal de Máximo é o do orador filosófico, o que é possível para ele por causa de sua noção da polifonia da filosofia.
Em Tese
Uma investigação a respeito do entendimento de Homero e das abordagens de sua poesia épica. O foco é sua recepção no século XX, a partir da percepção de suas características que remetem à composição oral tradicional, observadas nos estudos de Parry e Lord. Os trabalhos desses dois estudiosos abriram caminho para uma série de estudos que investigariam os fundamentos do estilo e da composição dos poemas homéricos. Inclui considerações breves sobre a recepção e transmissão na Antiguidade e chega à recepção contemporânea a partir do final do século XVIII (com o trabalho seminal de Wolf), passando pelo XIX e tocando o início do século XXI. A partir dessa história das abordagens a respeito dos poemas homéricos, a proposta final é aceitar as variações da fórmula e da técnica oral e, sem nenhuma certeza quanto ao caminho que levou um texto da tradição oral para a tradição escrita, ler os poemas homéricos como poesia (com todos os seus recursos sonoros, imagéticos e semânticos) e como narrat...
Começo compartilhando com o eventual leitor uma curiosidade que sempre tive: como na Odisséia o herói é Ulisses e não Odisseu? É bem certo que Odorico Mendes utiliza para os deuses e heróis os equivalentes latinos, o que já foi observado por mais de um. No caso, é interessante notar como Odisseu ('Οδυσσευ´σ) se tornou Ulisses. Como nos informa a Wikipedia no verbete Odysseus: "O nome tem diversas variantes: Olysseus ('Ολυσσευ´σ), Oulixeus (Ου´λιξευ´σ), Oulixes (Ου'λιξησ) e foi conhecido como Ulisses em Latim ou Ulixes na mitologia Romana".-Refere-se ainda ao verbo como odussomai (οδυ'σσοµαι), com o significado que lhe empresta a nota ao Livro XIX da fonte digital. Agora, às notas desta edição, referentes às modificações feitas em relação ao livro digitalizado e o que foi mantido quando alguns poderiam recomendar que atualizações fossem feitas. Prefiro indicar o que foi feito, deixando ao leitor concordar ou não com elas. De antemão alerto que a maioria refere-se ao uso do diacrítico, tão útil, mas cada vez mais desprezado a cada reforma ortográfica. Dia chegará em que, para esclarecer um texto, só mesmo indo às fontes antigas. Uma pena! Agamemnon, Agamêmnon, Agamémnon ou Agamenon? Em grego, Αγαµε´µνων, o que, transliterado, seria Agamémnon. Na fonte digitalizada aparece como Agamenon. Mantendo consistência com a edição feita da Ilíada no eBooksBrasil, substituído por Agamemnon. Fica aqui a ressalva. O mesmo ocorreu com Clitemnestra, Clitenestra na fonte digitalizada. Substituído embubescida por enrubescida (I,343). Conservado dextra em vez de destra. Conservado o diacrítico em pêlo. Diacrítico mantido em "Bons espetos sustêm qüinqüedentados" (II,361). No Livro IV, 103: "Em maravilhas celebre"-Odorico usou o original latino celebre em vez de grafar célebre, talvez pelo ritmo poético. Talvez seja apenas erro tipográfico. Na dúvida, mantive celebre, como na fonte digitalizada, com a presente ressalva.
Phoînix, 2020
No presente artigo, analisamos os discursos referentes ao portarse guerreiro presentes nas epopeias de Homero–Ilíada e Odisseia–, de modo a evidenciar como a construção do éthos daqueles que iam à guerra estava intimamente conectada ao contexto das obras investigadas, especialmente no que compete às formações ideológicas das quais faziam parte. Defenderemos, igualmente, que apesar de o poeta dar maior destaque às características individuais do guerreiro, ele não deixa de destacar a defesa da coletividade, o que salienta a sua posição em um processo discursivo mais amplo.
8 4 O Livro V da República , quase sempre considerado pela tradição como uma "digressão" 2 , nos apresenta em sua abertura [i] a definição da politeía descrita nos Livros II-IV como boa e reta 3 e [ii] a intervenção dramática de O FILÓSOFO CÔMICO * Gostaria de expressar aqui meus agradecimentos ao Prof. Jacyntho Lins Brandão − a quem este texto é dedicado −, não só pela crítica arguta, mas, sobretudo, pela lembrança constante da "seriedade" do riso. 1 Tradução da Prof.ª Maria de Fátima Sousa e Silva. 2 A digressão como "método" será descrita por Platão na República, 543 a-544 a, na abertura do Livro VIII, quando Sócrates e Gláucon retomarem a argumentação do final do Livro IV acerca das formas corrompidas da politeía reta e boa: Ora bem! Concordámos então, ó Gláucon, que, na cidade que quiser ser administrada na perfeição, haverá comunidade das mulheres, comunidade dos filhoe e de toda a educação, e do mesmo modo comunidade de ocupações na guerra e na paz, e que dentre eles serão soberanos aqueles que mais se distinguiram na filosofia e na guerra. (....).Dizes bem. Mas, uma vez que levámos a bom termo esta questão, vamos recordar em que ponto nos desviámos do caminho para chegarmos aqui, a fim de voltarmos a seguir pelo mesmo. (...) E, quando eu perguntava quais eram essas quatro constituições a que te referias, nesse momento Polemarco e Adimanto interromperam-me, e assim é que tu encetaste essa discussão, e chegaste a este ponto. (tradução de Maria Helena da Rocha Pereira) 3 Rep., 449 a: ) Agaqh\ n me\ n toi/ nun th\ n toiau/ thn po/ lin te kai\ politei/ an kai\ o) rqh\ n kalw= , kai\ a) / ndra Não levem a mal, espectadores, que eu, um mendigo, vá falar aos Atenienses a respeito da cidade, numa comédia. Porque o que é justo também é do conhecimento da comédia. Ora, o que eu vou dizer é arriscado, mas é justo.(...) E não é a ilha em si que os preocupa: o que eles querem é apanhar-vos o tal poeta. Mas vocês não o deixem partir, porque nas comédias há-de sempre defender a justiça. Diz ele que vos há-de ensinar muitas coisas boas, a felicidade por exemplo, sem vos lisonjear, sem vos prometer dinheiro, sem vos ludibriar nem um pouco que seja, sem trafulhices nem catadupas de elogios. Mas que há de vos ensinar onde está o bem. Depois disto, que Cléon promova e arquitete contra mim toda a casta de perseguições. O bem e a justiça hão-de ser os meus aliados, e não me hão-de apanhar nunca, como a ele, a ser covarde ou invertido para com a cidade. Aristófanes, Acarnenses, v.
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Contexto Revista Do Programa De Pos Graduacao Em Letras, 2012
Anais do XIV Seminário Nacional de Literatura, História e Memória, 2020
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 2014
Jacquelyne Taís Farias Queiroz, 2011
Jacquelyne Taís Farias Queiroz, 2011
Archai: Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental, 2012
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos, 2020
Ditos e Escritos II–Arqueologia das ciências e história …, 2005
Vol. 45, N. 2, 2022
Revista Labor Histórico, 2000
Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, 2005
Nuntius Antiquus, 2019
REVISTA Scripta Alumni
Nuntius Antiquus, 2017
Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios, 2017