vincenzo russo
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Papers by vincenzo russo
Ambicioso projeto sem dúvida, mas necessário, hoje, no contexto do que, para uns, se tem vindo a designar como literaturas de língua portuguesa e, para outros, literaturas lusófonas.
Ensaios de: Inocência Mata, Francisco Noa, Tania Macêdo, Ana Cordeiro, Moema Parente Augel, Carmen Lucia Tindó Ribeiro Secco, Rita Chaves, Sílvio Renato Jorge, Dorothée Boulanger, José Luís Pires Laranjeira, Inês Nascimento Rodrigues, Sandra Inês Cruz, Alexandra Reza, Nazir Ahmed Can, Vincenzo Russo, Raquel Ribeiro, Roberto Vecchi, Fernanda Vilar, Margarida Calafate Ribeiro, Felipe Cammaert, Phillip Rothwell, António Pinto Ribeiro.
Imagem: sem título | 2018 | Nu Barreto (cortesia do artista e da Galerie Nathalie Obadia, Paris)
traços barrocos na literatura portuguesa (mais evidentes na lírica),
mais ou menos situáveis entre a segunda metade dos anos 50 e os
anos 60 – constatação que, diga-se de passagem, embora subscrita
por muitos sem grandes aprofundamentos teóricos, teve e tem, por
um lado, a vantagem de ser ágil e, por outro, o risco de se reduzir a
mero refrão crítico, no intricado debate sobre as poéticas contemporâneas em Portugal, a nossa investigação pôs fundamentalmente em evidência, pelo menos, três grandes nós:
1. a “barroquização” da literatura no período que compreende estes
anos é um fenómeno internacional, no qual Portugal participa por
contacto e para o qual contribui através da recuperação da tradição
nacional (sem todavia radicalizar a casualidade desta relação);
2. a sobreposição entre práticas críticas e estéticas faz nascer, no
contexto português, o processo de reconhecimento “especular” entre
o barroco histórico e o barroco moderno;
3. a presença de variados filões barrocos da modernidade em Portugal,
que se podem definir como uma grande constelação neobarroca.
Em conformidade com as próprias exigências estilísticas, retóricas,
temáticas ou ideológicas, cada poeta redescobriu / utilizou o seu Barroco: os experimentalistas fizeram-no exemplarmente ao recolher
do Barroco-maneirismo as formas de uma tradição por eles próprios
inventada e na qual se inseriam.