José P . Neves
Researcher on CECS, University of Minho, Portugal
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Books by José P . Neves
A arrojada proposta de sociologia da técnica presente neste livro assinala aquilo a que Perniola chama a versão egípcia da nossa cultura, uma atenção dada ao inorgânico no humano. A figura da "individuação técnica", defendida por José Pinheiro Neves, resume, com efeito, esta ideia de o mundo mineral poder ser alimentado pela excitação de uma inversão. Através dessa inversão, os seres humanos são percebidos como coisas e as coisas, por sua vez, são vistas como seres vivos».
Moisés de Lemos Martins, do Prefácio"
Papers by José P . Neves
Manuel da Silva e Costa, José Pinheiro Neves
Cadernos do Noroeste, ISSN 0870-9874, Vol. 6, Nº 1-2, 1993, págs. 167-180
José Pinheiro Neves
Cadernos do Noroeste, ISSN 0870-9874, Vol. 10, Nº 1, 1997 (Exemplar dedicado a: Actas do VIII Seminário Internacional "Participação e Cultura nas Organizações"), págs. 227-244
Escrevi este texto animado por uma esperança. É possível aprender a não resistir às mensagens de autores como Paul Virilio e Gilbert Simondon. Passa por um trabalho estético, uma dobra sobre si. Porque, neste começo do século, resistir a estes autores, considerados «chatos» pela geração digital, é relativamente fácil. Falarei inicialmente de duas formas aparentemente opostas de resistência com vários cambiantes. Na segunda parte, mostrarei como é possível, apesar de tudo, não resistir. Deixar-se encantar pela sua escrita."
Num mundo fortemente influenciado pela cultura ecrãnica vivem-se tempos de crise mas também de auge comunicacional. A cultura do ecrã que atingiu o seu ponto máximo com a massificação da Internet e popularismo da utilização das redes sociais como o Orkut, Hi5, Netlog e agora Facebook, assume-se como fontede inspiração de inúmeras investigações no campo das Ciências da Comunicação e outras áreas. No entanto,apesar do facilitismo de acesso e utilização das redes sociais, metodologicamente falando, enfrentam-se muitos obstáculos. Desafios constantes que apelam diariamente ao nosso potencial criativo investigativo. Emergem assim novas técnicas metodológicas, reciclam-se outras tantas e testam-se outras provenientes das mais variadas áreas. O objetivo? Contornar os obstáculos constantes que, quem investiga, tendo como palco de fundo as redes sociais, tem de enfrentar."
highlights the emerging nature of these phenomena based on the theoretical contribution of Gregory Bateson. In the end, the authors present the main conclusions of the empirical study.
.....
A intenção deste artigo é sintetizar algumas ideias fundamentais dos principais percursores da sociologia, na tentativa de (re)actualizar o pensamento sociológico para a emergente acção humana na pós-modernidade. Faremos uma viagem pelo pensamento de Gabriel Tarde, Max Weber, Georg Simmel e Alfred Schutz, acrescentando ainda as contribuições de Carl Jung e de Gilbert Simondon para fortalecer uma perspectiva sociológica que se pretende tornar útil actualmente: a Eco(socio)logia da Individuação. À continuidade do pensamento dos autores clássicos da sociologia, junta-se uma outra síntese proveniente de uma actual geração de autores, que pretendem acima de tudo uma sociologia centrada na ideia de individuação, ou seja, na ligação múltipla que ultrapassa o limite do humano, permitindo assim articular, de uma forma menos dicotómica, antigos binómios tais como: pré-individual/individual, individual subjectivo/individual objectivo, individual/colectivo, colectivo subjectivo/colectivo objectivo, material/imaterial, ligação humana/ligação híbrida.
Novas formas de estudar a técnica estão a emergir em diversos autores da sociologia. Uma nova forma que procura escapar à velha dicotomia entre determinismo tecnológico e construtivismo social. Nos estudos da “Ciência, Tecnologia e Sociedade”, a crítica ao determinismo tecnológico deu lugar inicialmente a uma reacção construtivista sublinhando o papel do social. Contudo, emergiu mais recentemente uma corrente que parte da noção de hibridez na relação entre humanos e objectos técnicos. Nesta linha de pensamento, insere-se a teoria do actor-rede tanto na sua fase estratégica preocupada com as questões do poder nos debates técnicos, como na sua fase mais recente em torno da noção de materialidade relacional.
A arrojada proposta de sociologia da técnica presente neste livro assinala aquilo a que Perniola chama a versão egípcia da nossa cultura, uma atenção dada ao inorgânico no humano. A figura da "individuação técnica", defendida por José Pinheiro Neves, resume, com efeito, esta ideia de o mundo mineral poder ser alimentado pela excitação de uma inversão. Através dessa inversão, os seres humanos são percebidos como coisas e as coisas, por sua vez, são vistas como seres vivos».
Moisés de Lemos Martins, do Prefácio"
Manuel da Silva e Costa, José Pinheiro Neves
Cadernos do Noroeste, ISSN 0870-9874, Vol. 6, Nº 1-2, 1993, págs. 167-180
José Pinheiro Neves
Cadernos do Noroeste, ISSN 0870-9874, Vol. 10, Nº 1, 1997 (Exemplar dedicado a: Actas do VIII Seminário Internacional "Participação e Cultura nas Organizações"), págs. 227-244
Escrevi este texto animado por uma esperança. É possível aprender a não resistir às mensagens de autores como Paul Virilio e Gilbert Simondon. Passa por um trabalho estético, uma dobra sobre si. Porque, neste começo do século, resistir a estes autores, considerados «chatos» pela geração digital, é relativamente fácil. Falarei inicialmente de duas formas aparentemente opostas de resistência com vários cambiantes. Na segunda parte, mostrarei como é possível, apesar de tudo, não resistir. Deixar-se encantar pela sua escrita."
Num mundo fortemente influenciado pela cultura ecrãnica vivem-se tempos de crise mas também de auge comunicacional. A cultura do ecrã que atingiu o seu ponto máximo com a massificação da Internet e popularismo da utilização das redes sociais como o Orkut, Hi5, Netlog e agora Facebook, assume-se como fontede inspiração de inúmeras investigações no campo das Ciências da Comunicação e outras áreas. No entanto,apesar do facilitismo de acesso e utilização das redes sociais, metodologicamente falando, enfrentam-se muitos obstáculos. Desafios constantes que apelam diariamente ao nosso potencial criativo investigativo. Emergem assim novas técnicas metodológicas, reciclam-se outras tantas e testam-se outras provenientes das mais variadas áreas. O objetivo? Contornar os obstáculos constantes que, quem investiga, tendo como palco de fundo as redes sociais, tem de enfrentar."
highlights the emerging nature of these phenomena based on the theoretical contribution of Gregory Bateson. In the end, the authors present the main conclusions of the empirical study.
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A intenção deste artigo é sintetizar algumas ideias fundamentais dos principais percursores da sociologia, na tentativa de (re)actualizar o pensamento sociológico para a emergente acção humana na pós-modernidade. Faremos uma viagem pelo pensamento de Gabriel Tarde, Max Weber, Georg Simmel e Alfred Schutz, acrescentando ainda as contribuições de Carl Jung e de Gilbert Simondon para fortalecer uma perspectiva sociológica que se pretende tornar útil actualmente: a Eco(socio)logia da Individuação. À continuidade do pensamento dos autores clássicos da sociologia, junta-se uma outra síntese proveniente de uma actual geração de autores, que pretendem acima de tudo uma sociologia centrada na ideia de individuação, ou seja, na ligação múltipla que ultrapassa o limite do humano, permitindo assim articular, de uma forma menos dicotómica, antigos binómios tais como: pré-individual/individual, individual subjectivo/individual objectivo, individual/colectivo, colectivo subjectivo/colectivo objectivo, material/imaterial, ligação humana/ligação híbrida.
Novas formas de estudar a técnica estão a emergir em diversos autores da sociologia. Uma nova forma que procura escapar à velha dicotomia entre determinismo tecnológico e construtivismo social. Nos estudos da “Ciência, Tecnologia e Sociedade”, a crítica ao determinismo tecnológico deu lugar inicialmente a uma reacção construtivista sublinhando o papel do social. Contudo, emergiu mais recentemente uma corrente que parte da noção de hibridez na relação entre humanos e objectos técnicos. Nesta linha de pensamento, insere-se a teoria do actor-rede tanto na sua fase estratégica preocupada com as questões do poder nos debates técnicos, como na sua fase mais recente em torno da noção de materialidade relacional.
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Pretende-se descrever e compreender a natureza da mediação criada pelos novos media. Para entender essa mudança, vamos basear o nosso trabalho em autores que inspiram os New Media Studies tais como Carl Jung e Gilbert Simondon. Esta é uma área recente de investigação centrada nos novos objectos culturais criados pelas novas tecnologias de comunicação. Os New Media Studies estão preocupados com os aspectos culturais e paradigmáticos activados por todas as formas de computação, e não apenas pela rede na sua dimensão social como sucede, em grande parte, nos estudos da cibercultura e igualmente nos estudos semióticos que acentuam a dimensão discursiva. O aspecto original das abordagens de Carl Jung e Gilbert Simondon consiste em pensar as novas mediações entre a cultura e o lado material da informática através do conceito de individuação. No final do texto, sugere-se, a partir de Gilles Deleuze e José Gil, noções auxiliares de agenciamento e captura como individuações presentes nas mediações dos novos media digital.
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This article is part of an initial exploration of concepts as part of my plan for post-doctoral research. Aims to contribute to a better understanding of phenomena of the technologies of communication and perception, focusing particularly on the screens in situations of social-networking. More precisely, to know these new processes that have the support the new media in their additive effects related to perception. A work that relies on the collaboration of an informal network of researchers around the concept of screen-image, which includes members of the Center for Research of Communication and Society from University of Minho (Portugal) and the University of Lusophone (Lisbon, Portugal).
Gilbert Simondon, na sua obra Modo de existência dos objectos técnicos, escrita em 1958, pretende responder a uma pergunta de Canguilhem: será que o objecto técnico é mais do que uma mera aplicação da ciência? A sua resposta positiva permite uma nova abordagem da relação entre seres técnicos e seres biológicos. De facto, a ideia de concretização dos objectos técnicos, cerne da teoria de Simondon, permite responder à intuição original do seu professor, George Canguilhem. No entanto, Simondon ainda é um pouco ambíguo, nunca defendendo claramente uma individuação protésica do objecto técnico.