Papers by Vanise Medeiros
Todas As Letras - Revista De Língua E Literatura, 2013
Com este artigo, buscamos cotejar dois campos epistemológicos – a História das Ideias Linguística... more Com este artigo, buscamos cotejar dois campos epistemológicos – a História das Ideias Linguísticas de perspectiva discursiva e os Estudos Decoloniais – a fim de investir em uma reflexão sobre descolonização linguística (ORLANDI, 2009) e decolonialidade (QUIJANO, 2000) a partir do que propomos como um acontecimento linguístico decolonial: um gesto linguístico que se faz clamor ético e poético na arena política.
Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, transmitida ou arqu... more Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, transmitida ou arquivada desde que levados em conta os direitos das autoras e dos autores.
Revista Linguagem & Ensino
Com este artigo damos a saber de um primeiro percurso em um programa coletivo de pesquisa sobre a... more Com este artigo damos a saber de um primeiro percurso em um programa coletivo de pesquisa sobre a institucionalização da História das Ideias Linguísticas no Brasil, em seus diferentes eixos de produção e de circulação. Trazemos aqui três gestos analíticos iniciais que vão ilustrar a complexidade e o vigor deste campo do conhecimento: o que diz respeito à construção de uma rede de pesquisadores em contínua formação; o que se refere à historicidade e ao processo de transmissão – em que perscrutamos sua inscrição inicial como projeto e seu percurso em encontro representativo no campo das ciências brasileiras, o ENANPOLL, e em que observamos o quadro atual de bolsas produtividade vigentes –; e, por fim, o que se refere à representatividade institucional e acadêmico-científica em contexto nacional – em que apresentamos um mapeamento inicial de disciplinas de História das Ideias Linguísticas na graduação e na pós-graduação de universidades estaduais e federais brasileiras.
Revista Linguagem & Ensino
A questão da língua é, portanto, uma questão de Estado, com uma política de invasão, de absorção ... more A questão da língua é, portanto, uma questão de Estado, com uma política de invasão, de absorção e de anulação das diferenças, que supõe, antes de tudo que estas últimas sejam reconhecidas: a alteridade constitui na sociedade burguesa um estado de natureza quase biológica, a ser transformado politicamente (GADET; PÊCHEUX, [1981] 2004, p. 37). Em Cartas a Cristina, ao falar sobre a relação entre orientando e orientador, Paulo Freire (2003, p. 217-218) diz que "Não é possível criar [...] sem séria disciplina intelectual, mas também não é possível criar sob um sistema de regras fixas, rígidas, impostas por alguém". Em suas considerações sobre a relação orientador-orientando e o trabalho de escritura de
Línguas e Instrumentos Línguísticos
Lançando nosso olhar sobre o “Vocabulario Orthographico da Lingua Portugueza, precedido das regra... more Lançando nosso olhar sobre o “Vocabulario Orthographico da Lingua Portugueza, precedido das regras concernentes ás principaes difficuldades orthographicas da nossa língua”, de Said Ali, publicado em 1905, observamos o fato discursivo em torno da ausência de referência a essa obra nos estudos que se dedicam à história do conhecimento linguístico-gramatical. Importa-nos refletir sobre essa ausência ao lado de um nome de autor – Said Ali – que faz parte das periodizações, mas a partir de um rol de publicações do qual o Vocabulário não é significado como pertencente. Como pesquisadoras inscritas na História das Ideias Linguísticas, filiadas à Análise de Discurso Materialista, nos movimentamos em torno da compreensão do que interdita a disciplinarização do Vocabulário em nossa história. Nesse percurso, que se abre para novas investidas, demos a ver algumas tensões, equivocidades e contradições em diferentes ordens que se entrelaçam, se enredam, se tecem no fio do discurso inscrito no Voc...
Revista Letras
Neste artigo, que se sustenta na Análise do Discurso materialista, refletimos sobre as intervençõ... more Neste artigo, que se sustenta na Análise do Discurso materialista, refletimos sobre as intervenções propostas por Grada Kilomba, na carta de apresentação de seu livro Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. Dividimos em três eixos suas intervenções: (i) que se volta para a terminologia e conceituação. São propostas outras formas de conhecimento implicadas também na ordem do dizer, tais como racialização, branquitude; (ii) que incide sobre a escrita, sobre a ortografia, sobre a letra. Em lugar de a ou o, introduz-se o x ou lança-se mão da barra inclinada indicando a ou o (queridxs, outra/o); (iii) que se assinala para a substituição de palavras, ou seja, indica-se o que se deve ou não dizer; por exemplo, escravizados em lugar de escravo. Estão em jogo, entre outros aspectos, a questão da linguagem inclusiva em confronto com posições discursivas que descartam a possiblidade de intervenção social sobre a língua; o confronto entre posições de saber sobre sujeitos e socie...
Se pôr na escuta das circulações cotidianas, tomadas no ordinário do sentido.
Revista Eletrônica Interfaces, 2022
Artigo publicado por Fragmentum sob uma licença CC BY-NC-ND 4.0.
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